Na segunda-feira, 09/10, o CRPRS por meio da Comissão de Relações Étnico-Raciais promoveu mais uma edição do ciclo de debates “A branquitude e o racismo têm dessas coisas”. A atividade, organizada em parceria com o Movimento Vidas Negras Importam, debateu como a colonialidade impacta nas políticas de Assistência Social e no fazer da Psicologia.
A abertura do evento foi feita pela presidenta da Comissão de Relações Étnico-Raciais, Camila Dutra dos Santos, e do vice-presidente do CRPRS, Ademiel de Sant’Anna Junior, que recitou um poema dando partida na Gira Poética, seguido pela participação da psicóloga Maíne Prates (CRP 07/17003).
Em seguida, deu-se inicio a roda de conversa mediada pela Maíne e com a participação das psicólogas Dóris Soares (CRP 07/13890) e Dinaê Espíndola Martins (CRP 07/21911) e do sociólogo Gilvandro Antunes.
O sociólogo Gilvandro falou sobre violência policial, necropolítica e o racismo na estrutura psíquica da sociedade. Gil ainda trouxe alguns textos como referência para dizer que o conceito de racismo e negritude é feito pelo branco, trazendo ainda o fato de pessoas negras se sentirem culpadas por sofrerem racismo e se autoculparem por isso.
A psicóloga Dinaê falou sobre branquitude e o processo de racialização, destacando que pessoas brancas costumam se isentar dos debates raciais por se verem como uma raça neutra ou sem raça, ainda citou o pacto narcísico da branquitude, como por exemplo, o fato de só ter brancos numa instituição ou apenas brancos serem selecionados etc.
Dóris Soares trouxe reflexões de como pensar a prática profissional do Serviço Social, da Psicologia e do Direito atravessadas pelo racismo. Ela compartilhou dados sobre a população mais vulnerabilizadas no Rio Grande do Sul, que não têm saneamento básico, moradores de rua e renda destacando que os mais afetadas desses grupos são pessoas negras.
Após as falas das/os convidadas/os, foi aberta a roda para perguntas das/os participantes.
A atividade foi gravada e transmitida pelo Youtube do Conselho.