Nos dias 03, 04 e 05 e 06/07, aconteceu em Brasília a etapa nacional do 12º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), espaço máximo de deliberação do Sistema Conselhos de Psicologia.
Realizado a cada três anos, desde 1994, o Congresso reúne psicólogas/os, estudantes de Psicologia e pessoas convidadas para definir, de forma participativa e democrática, as diretrizes que irão orientar a atuação do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) no próximo triênio.
Com o tema “Psicologia e Democracia: a pluriversalidade do nosso fazer. Por uma Psicologia pluriversa e inclusiva”, o 12º CNP reafirma o compromisso da profissão com a diversidade, os direitos humanos e a promoção da democracia.
A delegação do CRPRS, composta por 21 profissionais e duas estudantes, foi eleita no 12º Congresso Regional da Psicologia (Corepsi), realizado de 21 a 23/03 em Porto Alegre.
“Neste CNP ficou evidenciado o compromisso da Psicologia com o respeito à diversidade e aos direitos humanos, o que reflete na nossa prática profissional e na própria organização do Sistema Conselhos. Foi um espaço de muito trabalho e debate que finalizou com a apresentação das chapas homologadas para os Conselhos Regionais e Conselho Federal. Cabe, agora, à categoria se apropriar das propostas e das chapas e participar das Eleições 2025”, avalia a conselheira secretária do CRPRS, Eliana Sardi Bortolon, delegada do 12º CNP e presidente da Comissão Organizadora Regional do Corepsi.
A delegada representante do CRPRS Mara Lúcia Oliveira Frometa participou pela primeira vez do Congresso Nacional da Psicologia. “O CNP é um evento que envolve responsabilidade sem medidas, representa o espaço/tempo mais alto em termos éticos, científicos e sócio-político na profissão. Desejo que a força desse tema “Psicologia e Democracia: a pluriversalidade do nosso fazer” continue nos questionando, pois transformar nossas práticas permanece como um imperativo, e isso ficou marcado para mim no decorrer do Congresso.”
Abertura
Durante a cerimônia de abertura, a presidenta do CFP, Alessandra Almeida, destacou a importância do CNP como esse espaço democrático e participativo de construção da Psicologia brasileira. “Uma Psicologia que deve se posicionar contra desigualdades e atuar como ferramenta de resistência e emancipação. Pluriversalizar é lutar por uma escuta sensível e por direitos que nascem das lutas dos povos e territórios”, defendeu. “Desejo dias de luta e de afetos trocados e de palavras costuradas em formas de rede, e desejo que sejam dias furiosos de amor e luta. E que a política, a grande política da estratégia, seja o tom”, afirmou a conselheira.
Ao destacar os desafios contemporâneos da Psicologia, a presidenta do CFP também pontuou a descolonização da Psicologia como um imperativo ético, político e social, “reconhecendo múltiplas formas de existir, saber e cuidar”.
O conselheiro Rodrigo Acioli, coordenador do 12º CNP, destacou a grandiosidade do congresso. “Hoje, somos mais de 400 delegados eleitos que representam um processo com milhares de participantes e propostas debatidas nas etapas regionais que ocorreram em todo o país. É com muita alegria que damos início à etapa nacional de um trabalho construído coletivamente e que vai dar os rumos da Psicologia ao longo dos próximos três anos”.
Mais do que um evento pontual, o CNP representa um processo político e coletivo que mobiliza a categoria em todo o país. Ao longo do último ano, psicólogas e psicólogos participaram de etapas preparatórias, os Pré-Congressos e Congressos Regionais da Psicologia (Corepsi), que resultaram em centenas de propostas agora debatidas na etapa nacional.
A abertura, os debates no plenário e o encerramento do 12º CNP foram transmitidos ao vivo pelo canal do CFP no Youtube.
Informações e fotos: Conselho Federal de Psicologia