Na tarde de domingo, 12/06, aconteceu a 25º Parada Livre de Porto Alegre, com início por volta das 12h, no Parque Redenção. O evento, que completou seus 25 anos nessa edição, teve pela primeira vez a presença do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul com um estande exibindo a faixa “Não há cura para o que não é doença” e com a distribuição de materiais de orientação à comunidade.
A presidenta do Conselho, Ana Luiza de Souza Castro, que esteve presente durante toda a primeira parte do evento, destacou sua satisfação conseguir contribuir ativamente nessa luta. “Em tempos tão difíceis, de tanto ódio, de tanta discriminação consideramos fundamental a participação do Conselho de Psicologia participar de momentos como esse e mais uma vez reafirmar que não há cura para o que não é doença e que continuamos na luta por uma sociedade inclusiva”.
A Parada Livre surge a partir de movimentos sociais, dando visibilidade a pautas de luta, sendo cada ano com múltiplos slogans que abracem causas de direitos humanos e saúde e o deste ano foi “Contra o ódio, luta! Essa bandeira é de todes”, visibilizando o aumento do ódio e discriminação a populações marginalizadas como a comunidade negra, LGBTQIA+, periférica e entre outras. Em forma de ato político a 25º Parada Livre de Porto Alegre veio para lutar contra o sistema financeiro, de saúde e educação, que com a crise sanitária se mostrou mais opressor do que nunca para com a população LGBTQIA+.
A presidenta da Comissão de Direitos Humanos do CRPRS, Cristina Schwarz, compareceu ao evento ressaltando que o fato de o Conselho estar participando de um evento do porte da Parada Livre não é por acaso, é resultado de uma construção de uma rede de apoio e acolhimento para com os movimentos sociais. “Creio que seja importante pra sociedade reconhecer que existe uma instituição como o CRPRS e existe uma profissão como a Psicologia, que busca reconhecer e legitimar as diversas formas ser e de existir, é importante para que a categoria profissional reconheça que é uma luta na qual ela faz parte”.
O CRPRS que tem o compromisso ético e político de lutar contra e intervir em qualquer forma de opressão e discriminação, esteve pela primeira vez presente na Parada dando apoio aos movimentos sociais mostrando que a Psicologia é uma profissão que luta pelos direitos das pessoas de serem e existirem nas suas mais plurais formas de ser. O Conselho busca superar os diversos condicionantes históricos e sociais que a Psicologia enquanto profissão tradicionalmente contribuiu para manter, condicionantes esses das opressões estruturais que a população LGBTQIA+ é sujeita a passar em uma sociedade tão desigual, discriminatória e normativa.
O conselheiro do CRPRS Vinicius Pasqualin, representante do CRP no Conselho Estadual de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CELGBT), também esteve presente durante todo o evento reforçando a importância para sociedade da Psicologia participar de eventos sociais que promovam saúde. “Foi um evento grande, que ocorreu em ano de eleição. É importante pra sociedade que o CRPRS siga com esses posicionamentos, isso é promoção de saúde. Não é uma luta em paralelo, seguimos lutando, assim como lutamos pelas nossas 30 horas, pelo nosso piso, contra os Projetos de Lei que vêm tentando desmontar os conselhos e desqualificar nossas profissões, seguimos lutando em todas as frentes”.
Durante a Parada, o CRPRS distribuiu materiais divulgando ações e documentos do Sistema Conselho de Psicologia relacionados ao tema: