O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul repudia as ações de violência por parte das forças de segurança do Estado brasileiro, tal como a ocorrida no caso do sergipano Genivaldo de Jesus Santos e de tantos outros Genivaldos pelo Brasil.
Historicamente a violência policial no nosso país se manifesta de forma a colocar os corpos negros como alvos prioritários, assim como os corpos das pessoas em situação de rua e de outros grupos vulneráveis. A mesma violência se viu sobre a vila Cruzeiro no Rio de Janeiro e em outras comunidades. Esse mesmo Estado silencia diante das diversas violências sofridas, por exemplo, por pessoas LGBTQIA+ no espaço público e privado, do contínuo massacre contra povos indígenas – que têm sua existência constantemente ameaçada por grileiros, garimpeiros, madeireiros e outros grupos que promovem a ocupação ilegal dos territórios tradicionais. O mesmo Estado sucateia as políticas públicas destinadas a atender e proteger esses grupos.
A sociedade não deve naturalizar nem silenciar diante do horror dessas violações. O Estado brasileiro executa uma política de tortura e extermínio contra pessoas com transtorno mental, as populações negras, em situação de rua, povos tradicionais e indígenas, LGBTQIA+, pessoas com deficiência, mulheres, (i)migrantes e pessoas cuja existência desafia o projeto de subjetividade patriarcal neoliberal pautado na branquitude, na corponormatividade, na segregação de classe, no sexismo e no capacitismo. Este projeto de sociedade precisa ser urgentemente superado!
Comissão de Políticas Públicas do CRPRS