Após dois anos longe das ruas, a Parada Livre de Porto Alegre retorna a agenda cultural da cidade. A 25º edição acontece domingo, 05/06, a partir das 12h, no Parque Farroupilha (Redenção). O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) estará presente distribuindo materiais relacionados ao tema. O conselheiro e integrante da Comissão de Direitos Humanos, Vinicius Pasqualin, também integrante da Gestão do Conselho Estadual LGBTI+, estará presente no evento. Para Vinicius, é papel ético e político da Psicologia se posicionar publicamente e tentar fazer alguma diferença no campo social para construir uma sociedade mais inclusiva e mais promotora de saúde.
"Em tempos em que a cura da homossexualidade é algo que nos assombra ainda, é importante que o Conselho Regional de Psicologia, uma entidade que trabalha e que regula uma categoria a favor da saúde mental, posicione-se publicamente contra a cura gay. É fundamental que o Conselho esteja presente nesse movimento para que a população possa ver que estamos ali para acolher as famílias e as pessoas que estão em sofrimento. Sabemos que estigma, discriminação, preconceito, machismo, racismo, homofobia, transfobia e lesbofobia impactam diretamente na saúde mental da população LGBTQIA+", afirma o conselheiro.
A parada começa ao meio-dia com o Bloco do Beijo, um bloco de carnaval que tem como objetivo chamar as pessoas ao parque. A programação cultural vai até às 22h com apresentações de mais de 40 artistas e DJs, além das falas de representantes das organizações LGBTI+ que organizaram o evento. No meio da tarde, sai a marcha nas ruas em torno do parque, que começa na rua Setembrina e faz a volta. Estão previstos 7 trios elétricos. O evento espera receber cerca de 50 mil pessoas.
O evento que foi criado em junho de 1997 completa 25 anos este ano abrindo o mês do Orgulho LGBTQIA+. Diferente da maioria dos eventos semelhantes de outros estados, em Porto Alegre a parada é livre, com o intuito de abranger todas/os/es. Durante os últimos anos marcados por uma gestão de Estado negligente e uma crise sanitária de proporção mundial, as vidas LGBTQIAP+ foram ainda mais atingidas. Segundo a organização do evento, o momento é de união e luta contra o ódio.
A Parada Livre é organizada pelos coletivos Nuances, Igualdade, SOMOS, Outra Visão, G8 - SAJU/UFRGS, Juntos LGBT, Mães pela Diversidade, Escoteiros do RS, Homens Trans em Ação, Bloco da Diversidade, Coletivo Amora, NUDS- Núcleo de Diversidade do Sintrajufe/RS, Instituto Teia - Direitos Humanos, Transenem, Rede Lés-Bi, Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids - RS e Homens Negros, Trans e Transmasculines em Diáspora. A Parada conta com o apoio e financiamento da Prefeitura de Porto Alegre.
Programação e demais informações serão divulgados nos próximos dias.
Confira abaixo ações e documentos do Sistema Conselho de Psicologia relacionados ao tema:
